A bondade não precisa da religiosidade

Os religiosos tem uma dificuldade para dissociar a bondade da fé. Se esquecem eles que a boa índole, o altruísmo e a vontade de ajudar o próximo não necessita da crença em divindades ou em dogmas sem sentido. São coisas bem diversas e totalmente independentes.

Na verdade, a bondade se torna melhor quando separada da fé religiosa. Esquecem muitos que a religião tira a espontaneidade das boas ações, já que os fiéis são bondosos mais por obrigação. Fiéis acreditam na bondade pela troca por recompensas (ir ao "Céu", por exemplo) e pelo medo das punições pela suposta não-prática do bem.

A prática da bondade, quando separada da fé, é mais espontânea porque vem do amor e da razão. Vem da compreensão da necessidade alheia. Ela inclusive pode ser mais eficiente, pois permitindo a compreensão do que o outro precisa, pode fazer com que a ajuda seja mais exata, resolvendo o problema da pessoa, ao invés de apenas servir de consolo.

A bondade das religiões costuma ser muito menos eficiente, sendo muito mais uma forma de compensação do que de resolução de problemas. Isso somando o fato de que boa parte das crenças defende o sofrimento como forma de "purificação", se esquecendo que isso é falso. Pois o que "purifica" (se é que podemos usar este verbo) é a tentativa de sair do sofrimento e não o sofrimento em si. Pois sofrer nunca é bom.

Muita gente estranha o fato de ateus serem bondosos. Mas não deveriam, pois ateus, por não seguirem crenças e por saberem que não estão submetidos às decisões de uma divindade, fazem seus bons atos com mais espontaneidade e com mais eficiência.

Enquanto isso, do outro lado, as crenças, muitas delas inclusive, estimulam a maldade e o desamor, visando a satisfação dos interesses do Gigante Invisível que todos chamam de "Deus". Xingam-se, roubam-se,  ferem-se, e até se matam em nome de divindades. 

Para os religiosos, a vontade desse ser que ninguém conseguiu provar a sua existência é a unica coisa que interessa. E para mim, isso não pode ser considerado bondade: a isso existe a palavra "submissão". E isso tem sido uma praga a estragar as relações humanas.

Então combinado: ser bom nada tem a ver com crença. Acredite no que quiser e se não quiser, não acredite. O que importa é nos unirmos para fazer esse mundo melhor, aprendendo a nos entender, a nos respeitar e a nos ajudar. O resto é consequência do sucesso disto.

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