O que a crença em absurdos e em seres fantásticos tem a ver com bondade?

Está bastante arraigada em nossa sociedade a ideia de que não existe bondade sem religiosidade. Que as religiões existem para fazer o bem e que a caridade e atividades de altruísmo sejam praticadas preferencialmente por instituições ligadas a religiões e seitas. E que estar fora das religiões é fazer pacto com o egoísmo e com a maldade.

É um erro infelizmente consagrado pelos costumes sociais. A associação entre bondade e religiosidade tem contribuído para que o verdadeiro altruísmo não seja praticado, além de ser fonte de inúmeros preconceitos que invertem o prestígio social de quem é bom e de quem é mau.

Na verdade, as religiões, que surgiram de forma instintiva, inspiradas na nossa carência afetiva que é similar a criação de amigos imaginários e estórias fantasiosas durante a infância, e que com o tempo tem sido usadas como forma de dominação e fonte de lucros por lideranças de todos os tipos, algo que infelizmente vale até hoje. E tudo é válido para que esta até agora bem sucedida fonte de privilégios seja mantida de pé, iludindo massas que sem saber sustentam as lideranças que consideram "divinas".

A associação entre bondade e religiosidade é uma ideia que tem ajudado muito as instituições religiosas a se manter de pé, mesmo em uma era em que deveríamos ser mais racionais. Fatos comprovam que as religiões, que em tempos remotos eram úteis para frear a brutalidade humana, estão cada vez mais nocivas nos dias atuais, mostrando que elas nçao servem mais para os dias de hoje.

Religiões na verdade não passam de mitologias. Cada religião é uma coletânea de lendas que se fossem limitadas ao nível de entretenimento, não fariam mal algum. Religiões enriquecem culturas e distraem as pessoas, além de servirem para bons eventos sociais. Mas quando interferem na ralidade que está do lado de fora dos templos, só causam desgraça, mostrando que a mitologia deveria permanecer presa no seu tranquilo território da ficção.

Há uma imensa diferença entre o que religiosos acreditam e os fatos da realidade. É uma burrice insana tentar fundir crença e fatos. Muita discórdia, varias com requintes da mais cruel violência tem surgido por causa da fé, o que derruba o mito de que a bondade é inerente a religiosidade.

É mais do que perceptível que fiéis religiosos estão entre os eque menos ajudam e se ajudam não o fazem pela necessidade alheia e sim para agradar o Ser Fantástico em que acreditam e que lhe dão o nome de "Deus". E mesmo assim, quando contrariados, os religiosos agem como verdadeiras feras insanas, quase sempre partindo para a agressividade.

Não há nenhuma relação da bondade com a religiosidade. As duas nasceram para caminhar separadamente. A bondade, para existir, precisa apenas da noção que temos que toda a humanidade merece estar bem. Do outro lado, a fé em absurdos não faz ninguém mais altruísta que outro e pode até prejudicar, do contrário da sua função atribuída.

Esqueçamos o mito de que para ser bom precisa ter fé em lendas e divindades. Para ser bom devemos ter fé no ser humano e nas condições que temos para ajudar o outro. É observar a necessidade alheia e lutar para que ela seja suprida. O dia que entendermos isso, o mundo melhorará. Sem a ganância de lideranças religiosas que fazem mais mal do que o bem que fingem fazer.

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