A fé cristã está datada e nos prende á Idade Antiga


Um remédio deve ser tomado apenas durante um tempo, até que sintomas desapareçam ou se aliviem. Quando tomado além do prazo, perde efeito e o que resta são os efeitos colaterais, que causam danos ao organismo. Com a fé cristã tem sido assim.

A religiosidade cristã já deveria ter desaparecido ha tempos. Hoje, não somente continua como é estimulada e pasmem: protegida por lei. Nossas leis protegem a fé cristã, por mais absurda que pareça. Acreditar que cobra fala, que mar parte ao meio, que mulher nasceu da costela de um homem, e que houve um dia um homem com superpoderes que continua existindo até hoje em forma invisível, é um direito respeitado.

A fé religiosa, que na verdade é um resquício da infância, sendo na prática uma espécie de contos de fadas para adultos, já começa a causar sérios estragos no Brasil. A crença em certos dogmas tem gerado uma série de graves preconceitos que são legitimados por vir supostamente de uma entidade chamada "Deus", um ser ultrapoderoso em que as pessoas fazem questão de se submeter, mesmo sem a confirmação de "Sua" existência.

As pessoas, que já não gostam muito de raciocinar, pois exige esforço e abnegação (embora adorem ser rotuladas de "inteligentes" e "sábias"), são desestimuladas a pensar graças a fé religiosa. Por isso absurdos sem sentido são defendidos a unhas e dentes, pois se não são lógicos, por outro lado trazem prazer e facilitam a sociabilização, pois a religiosidade ainda é praticada por grande maioria das pessoas. Ou seja, acreditar em absurdos é se sentir incluído na sociedade que acredita nos mesmos absurdos. Melhor dizendo: a loucura não é privilégio para poucos.

A Fé cristã só serviu durante um tempo. Até mesmo no século XX ela já não servia. Para ser altruísta, não é preciso ter fé nem seguir exemplo de Jesus, Xavier, Calcutá, ou de quem quer que seja. O altruísmo nasce da soma da lógica com a emotividade (moderada - em excesso, a racionalidade é travada) e da noção de que todos os habitantes da Terra merecem os mesmos direitos à felicidade e ao bem estar. Basta olhar para o próximo como alguém que merece os mesmos direitos para praticar a bondade.

Bondade nada tem a ver com fé religiosa. Bondade nada tem a ver com a crença em seres fantásticos e estórias absurdas. Não é preciso acreditar que viemos de um pedaço de tijolo para que sejamos bons. Aliás, a religiosidade tem revelado muita gente má no meio.

Como a fé religiosa tem dado origem a uma série de preconceitos, aos poucos cai o estereótipo de que a fé cristã garante a bondade das pessoas. Isso não é verdade. Fé nada tem a ver com bondade e sim com credulidade. Observando a atuação de cristãos na atualidade chegamos a conclusão que a associação entre Cristianismo e bondade é uma farsa. Uma farsa tradicionalmente aceita, mas que aos poucos começa a se mostrar como tal.

A fé cristã nos prende a tempos bem remotos, na Idade Antiga. Muitas das soluções propostas pelos religiosos fazem mais sentido para aqueles tempos e hoje se tornam altamente nocivas para o bem estar social e para o convívio entre as pessoas. Era melhor que procurássemos as soluções para os problemas atuais, hoje em coisas que temos agora. Voltar 2000 anos atrás em busca de soluções é um retrocesso imenso e uma forma de voltarmos sempre a estaca zero, tendo que aprender tudo novamente em um ciclo ocioso que nunca se encerra.

Temos que resolver com base na realidade atual, na observação lógica dos fatos. É importante nos despirmos do moralismo religioso e dos preconceitos gerados por ele, substituindo pelo verdadeiro altruísmo e pelo respeito às outras pessoas, por mais diferentes que sejam diante de nós. Moralismo religioso nada tem a ver com moralidade. não raramente é o seu oposto. Moralidade é o respeito ao direito alheio enquanto moralismo é a defesa de valores retrógrados. Moralismo e crença em absurdos tem feitos sérios estragos pelo mundo e mostram que a fé religiosa deveria ser descartada para o bem da humanidade.

Acreditar em absurdos não faz ninguém melhor que o outro e sim o contrário. Bom mesmo é acreditarmos no que é real e trabalhar para melhorar a nossa realidade om medidas que beneficiem a todos, não a um e outro. Usar a religião como fuga da realidade que recusamos a melhorar tem trazido sérios danos que agravam mais ainda a nossa injusta realidade. Vamos pensar melhor se ter fé vale a pena?

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