Se religiosidade resolvesse, Brasil seria potência mundial

Muitos falam que a religiosidade resolve problemas. Crentes de que estamos sendo tutelados por entidades superpoderosas como deuses e santos, capazes de fazer de tudo para que estejamos bem, religiosos acham que o Brasil vai se recuperar deste caos só por causa de umas orações feitas com fervor e fé. Uma ilusão de quem se esquece que religiões são mitologias, espécie de contos de fadas para adultos.

O Brasil é um dos países mais religiosos do mundo. Talvez seja o mais cristão. Ao mesmo tempo em que é o mais religioso, é um dos mais desgraçados. Teve um curto momento de prosperidade durante os governos petistas, mas graças ao golpe, retoma a sua "vocação" de colônia e exploração e se prepara para institucionalizar a extrema miséria por todos os cantos do país.

É bom relacionarmos a incuráveis injustiças sociais com a religiosidade. Isso comprova o fato de que religiosidade, até por ser uma crença em algo surreal, não resolve nada. Ficamos de joelho ornado o tempo todo e nada acontece. Mesmo sendo o mais cristão, estamos também entre os mais desgraçados.

O que é mais curioso é que entre as pessoas mais religiosas estão muitas pessoas interessadas em ver este país mergulhado na desigualdade social crônica. Religiosos, sobretudo pentecostais e "espíritas" (de "mesa branca" - os afro-brasileiros, assim como boa parte das lideranças católicas, estão com os progressistas) agem para que o Brasil nunca saia da humilhante situação onde ricos são muito ricos e pobres são muito pobres. 

Talvez esta religiosidade, por estar estigmatizada como "fonte de bondade" compense a ausência de altruísmo em seus corações. A bondade é considerada um "produto" das religiões e só o rótulo de religioso faz com que muitas lideranças de mais variados tipos de seitas, além de seus seguidores, sejam considerados "pessoas bondosas" sem praticar um único ato de bondade.

O próprio fato do Brasil estar se preparando para uma fase nebulosa mostra que a fé é completamente inútil na função de melhorar a realidade. Com o agravante de que há religiosos interessados na falência do Brasil, a conclusão é a de que se dependermos da religiosidade para resolver as coisas, nunca iremos sair de nossa eterna desgraça.

Talvez se o Brasil esquecesse a sua fé religiosa e agisse pelo fim da ganância e das desigualdades, usando mais o raciocínio e a observação dos fatos, pudesse extinguir seus problemas e se desenvolver.

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